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Grupo Marquise

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Grupo Marquise
Conglomerado
Atividade Infraestrutura, Incorporação, Serviços Ambientais, Hotelaria, Comunicação e Shopping Centers
Fundação 1974
Sede Fortaleza, Ceará, Brasil
Pessoas-chave Carla Pontes
Empregados Mais de 5.000
Website oficial [1]

O Grupo Marquise é um grupo empresarial e conglomerado de mídia brasileiro sediado em Fortaleza, capital do Ceará. Ele atua nas áreas de serviços ambientais, construção e incorporação, hotelaria, gestão de shopping center e comunicação em todas as regiões do Brasil, tendo presença em 17 estados brasileiros.

A Construtora Marquise foi a empresa que deu origem ao grupo tendo sido fundada em 1974. Atualmente mais de 5.000 colaboradores trabalham nas empresas do Grupo Marquise.

Em 1974, no estado do Ceará, foi fundada a Construtora Marquise, origem do Grupo Marquise, pelos engenheiros José Carlos Valente Pontes e José Erivaldo Arraes. A construtora inaugurou sua primeira filial em 1977, na cidade de São Luís, no Maranhão.

Hoje o grupo atua em onze estados brasileiros e diversificou suas atividades em sete segmentos: Engenharia de Infraestrutura, Incorporação, Serviços Ambientais, Finanças, Hotelaria, Comunicação e Gestão de Shopping Centers.

No ano de 1984, a empresa começou a atuar em limpeza urbana e coleta de lixo, na cidade de Fortaleza, no Ceará.

Áreas de atuação do Grupo

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Construção e Incorporação

A Construtora Marquise foi a primeira empresa do Grupo Marquise. Fundada em 1974, a construtora conta com mais de 200 obras em seu portfólio, que inclui de conjuntos habitacionais, edifícios residenciais e obras de infraestrutura, como o Aeroporto Internacional de João Pessoa, o Aeroporto Internacional de Natal,[1] a primeira fase de ampliação do Terminal de Múltiplo Uso do Porto de Pecém (TMUT)[2] e obras contratadas e em andamento, como a reforma do Aeroporto Internacional de Confins,[3] em Belo Horizonte e Hospital Regional Norte em Sobral.

Atualmente, a empresa atua em diversos estados do Nordeste, algumas cidades no Norte, e em São Paulo como uma das empresas do Grupo Marquise.

A partir de 2005, a Marquise voltou a atuar no mercado de incorporação imobiliária, visualizando a melhor alternativa de crescimento.[4]

Serviços Ambientais

O departamento de limpeza urbana do Grupo Marquise foi criado em 1984 como uma estratégia de diversificação das atividades da Construtora e hoje é uma das principais atividades do Grupo.

Inicialmente, eram prestados serviços de coleta domiciliar e hospitalar apenas na cidade de Fortaleza. A partir de 1986, o departamento abriu sua primeira filial fora do Ceará, na cidade de Manaus (AM) e desde então expandiu rapidamente suas atividades neste segmento.

Em 2003, inaugurou a Ecofor Ambiental,[5] primeira empresa do Brasil a trabalhar na modalidade de concessão de limpeza urbana numa capital brasileira. O contrato da Prefeitura de Fortaleza com a Ecofor Ambiental é de 20 anos.

Em 2008 foi fundada a Eco Osasco Ambiental,[6] na cidade de Osasco, em São Paulo.

No ano de 2010 o Grupo assinou mais um contrato de concessão, dessa vez com a Prefeitura de Porto Velho,[7] em Rondônia, dando início as atividades da Eco Porto.[8]

O Grupo Marquise possui, também, participação na Eco Urbis que é uma empresa privada, de propósito específico que, desde outubro de 2004, opera por concessão os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação de resíduos domiciliares.

Finanças

A Múltipla Financeira surgiu em 2006, inicialmente com foco no crédito pessoal, voltada para o trabalhador assalariado, profissional liberal, autônomo, aposentados e servidores públicos. A empresa, a princípio, era uma extensão da antiga Capitalize Fomento, um braço financeiro do Grupo Marquise que teve início em 1994,[9] e se tornou a maior empresa de factoring do Nordeste e a 4ª maior do país.

Em 2009, um novo direcionamento foi dado às empresas financeiras do Grupo. Com isso, a Capitalize Fomento e a Múltipla Financeira se fundiram e passaram a focar no middle marketing.

Hotelaria

O Grupo Marquise atua no setor de hotelaria por meio do Gran Marquise Hotel, localizado na Avenida Beira Mar, Praia do Mucuripe, a 12 km do Centro de Fortaleza, no estado do Ceará. O empreendimento, que conta com 230 quartos, recebeu a classificação de hotel de luxo.[10] O Gran Marquise Hotel também conta com o Restaurante Mucuripe e com o Restaurante Mangostin, além de hospedar anualmente o principal evento de moda do Nordeste, o Fortaleza Fashion Week.

Comunicação (Rede Tambaú de Comunicação)

Em 2004, o Grupo Marquise fundou na cidade de João Pessoa, na Paraíba, a rádio Tambaú FM que tinha um repertório de músicas voltado para o axé, forró e sertanejo além de programas jornalísticos.

Em 2011, o Grupo reposicionou a rádio no mercado, dando origem à Nova Tambaú FM. A emissora passou a atender ao público das classes A e B. Sua programação é focada em MPB, Jazz, Soul, pop nacional e internacional, orquestrado, standards da música americana, flashbacks das décadas de 1970 e 1980, entre outros estilos. Em 2017, a rádio se afilia a Jovem Pan FM e passa a se chamar Jovem Pan FM João Pessoa.

A TV Tambaú é uma emissora de televisão brasileira, instalada em João Pessoa, capital da Paraíba. A emissora é afiliada ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e pode ser sintonizada no canal 5 VHF e 5.1 digital.

Fundada em 1991, a TV Tambaú, entrou oficialmente no ar no dia do aniversário da cidade de João Pessoa, com reportagens locais. O primeiro programa da TV foi o Tambaú Notícias, noticiário local diário, apresentado às 19 horas.

Em 2012, o Grupo Marquise lançou o Portal de Notícias Tambaú 247, formando assim o Sistema Tambaú de Comunicação. Com a proposta de ser um portal de notícias 24 horas por dia, 7 dias por semana, o Tambaú 247 reúne blogs, colunas e conteúdo sobre a Paraíba, o Brasil e o Mundo. Em 2017, mudou de nome para Portal T5.[11]

Com um investimento de 2 milhões de reais, o grupo inaugura sua nova sede em Maceió em outubro de 2019, essa sede abrigará a Tambaú Eventos, setor de noticias do Portal T5 e também os estúdios da NovaBrasil FM Maceió que estreia no mês de outubro, oriunda da migração da antiga Rádio Palmares.

Administração de Shopping Centers

O Grupo Marquise também atua administrando Shopping Centers. A empresa, em parceria com a CEI Investimentos, está construindo o Shopping Parangaba em Fortaleza, Ceará.[12]

O empreendimento será equipado com 306 lojas, contará com 1200 vagas de estacionamento e possui previsão de inauguração em novembro de 2012.[13] O Grupo Marquise responde por cerca de 90% do investimento no projeto.[14]

Rede Tambaú de Comunicação

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Antigas empresas

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  • Rádio Palmares

Máfia do Lixo de Maceió

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A Construtora Marquise, uma das empresas do Grupo, é uma das citadas na Ação penal nº 956/2015, que investiga a chamada Máfia do Lixo de Maceió, um esquema de favorecimento a empresas de coleta do lixo ocorrida durante a gestão de Cícero Almeida à frente da prefeitura de Maceió entre 2005 e 2012. O esquema foi denunciado em 2005 pelo então vereador Marcos Alves, falecido em 2011. O prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 200 milhões. Investigações realizadas pelo Ministério Público Estadual nos anos de 2005 e 2006 concluíram que, ao invés de realizar licitação para contratação da empresa encarregada da coleta de lixo na cidade, a prefeitura forjou a renúncia da Construtora Marquise S/A ao contrato vigente e fabricou uma emergência para justificar a celebração de contrato com a Viva Ambiental e Serviços Ltda. A Marquise havia sido contratada em 2000 mediante licitação, mas em março de 2005 alegou dificuldades no recebimento dos pagamentos quinzenais pelos serviços prestados, reclamou dos valores e manifestou seu desejo de não mais continuar prestando serviços. Faltando três meses para o término do contrato, que expiraria em julho, o então prefeito não só autorizou o pagamento do que era devido à empresa, mas também reajustou os valores e o fez retroativamente a janeiro daquele ano, e aceitou a “renúncia”.

Ocorre que, pela legislação vigente, a empresa não poderia ter renunciado. Trata-se de prerrogativa da administração pública, o que foi ignorado pelo gestor. Almeida teria ignorado, igualmente, um parecer da Procuradoria-Geral do Município que orientava a escolher entre o reajuste de valores pretendido pela Marquise ou a rescisão do contrato "por mútuo consenso". A prefeitura adotou os dois, ao mesmo tempo em que determinou a contratação, em caráter emergencial, sem licitação, de outra empresa. Tal contratação chamou a atenção dada a celeridade com que foi feita. No dia 15 de abril de 2005, uma sexta-feira, foi aberto processo para contratação desta nova empresa. Na segunda-feira seguinte, 18 de abril, Almeida recebeu da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió a relação de quatro empresas para substituir a Marquise. Na terça todas apresentaram planilhas de custo detalhadas. No dia 20 de abril, a Viva Ambiental foi comunicada que a sua proposta fora a vencedora por ter sido a de menor preço. Nove dias depois o contrato foi assinado.

Contratada emergencialmente para um período de seis meses pelo valor de R$ 8.740.213,92, a Viva Ambiental já havia recebido em quatro meses de atuação, entre maio e agosto, R$ 7.306.171,02. Em setembro, Almeida autorizou um acréscimo de mais R$ 2.183.297,45 e o valor global do contrato se elevou para R$ 10.923.511,37. Em novembro de 2005, um novo contrato, também em caráter emergencial, portanto com dispensa de licitação, foi firmado pela prefeitura com a Viva Ambiental. Mesma prestação de serviços, mesma duração, mas com valor global de R$ 15.055.178, quase o dobro do valor do primeiro contrato. Ou seja, ao invés de haver providenciado a licitação para contratação de empresa para coleta do lixo, Almeida optou por celebrar novo contrato com a Viva. Pela legislação vigente não cabe prorrogação em se tratando de contratação emergencial; deve o gestor durante os 6 meses da situação de excepcionalidade providenciar a realização de concorrência pública, o que não foi feito.

O Ministério Público também incluiu no rol de denunciados pelo esquema a Marquise, suspeita de ter sido beneficiada com o reajuste retroativo de valores a despeito de, segundo a prefeitura, ter rompido o contrato, bem como a Viva Ambiental. Sobre esta, pesa também a acusação de se utilizar de uma empresa com a qual mantinha laços estreitos na época, inclusive mesmo endereço e mesmo gerente, para elaboração da cotação de preços apresentada ao município, a Trópicos Engenharia e Comércio Ltda.[15]


Referências

  1. «Marquise projeta expansão de 50%». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  2. «Marquise entrega obra do porto de Pecém». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  3. «Marquise ganha licitação para aeroporto de Confins». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  4. «Site Oficial Grupo Marquise». Consultado em 27 de setembro de 2011 
  5. «Site Oficial Grupo Marquise - Ecofor». Consultado em 27 de setembro de 2011 
  6. «Site Oficial Grupo Marquise - Eco Osasco». Consultado em 27 de setembro de 2011 
  7. «Entenda o trabalho da Marquise na coleta de resíduos em Porto Velho». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  8. «Site Oficial Grupo Marquise - Ecoporto». Consultado em 27 de setembro de 2011 
  9. «Múltipla quer 10% do mercado». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  10. «Site Oficial Grupo Marquise - Gran Marquise Hotel». Consultado em 27 de setembro de 2011 
  11. «Autoridades repercutem lançamento do Portal T5; veja o vídeo». Consultado em 10 de outubro de 2017 
  12. «Parangaba terá shopping em 2012». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  13. «Começa a declaração de bens no exterior». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  14. «11/01/2011 - Parangaba terá shopping em 2012». Consultado em 30 de setembro de 2011 
  15. http://novoextra.com.br/outras-edicoes/2016/862/21445/cicero-almeida-na-mira-do-stf Cícero Almeida na mira do STF]

Ligações externas

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