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Francis Beaufort

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Francis Beaufort
Francis Beaufort
Nascimento 27 de maio de 1774
Navan
Morte 17 de dezembro de 1857 (83 anos)
Hove
Sepultamento Beaufort Family Tomb, St John At Hackney Churchyard Gardens
Cidadania Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Progenitores
  • Daniel Beaufort
  • Mary Waller
Cônjuge Alicia Magdalena Beaufort, Honora Beaufort
Filho(a)(s) Lady Strangford, Francis Lestock Beaufort, Daniel Augustus Beaufort, Alfred Beaufort, Sophia Beaufort, Rosalind Beaufort, William Beaufort
Irmão(ã)(s) Frances Anne Edgeworth, Harriet Henrietta Beaufort, Louisa Beaufort, William Louis Beaufort
Ocupação explorador, físico, geógrafo, astrônomo, meteorologista, oficial de marinha
Distinções

Sir Francis Beaufort (Navan, Irlanda, 7 de Maio de 1774Sussex, 17 de Dezembro de 1857) foi um hidrógrafo irlandês. Foi o criador da Escala de Beaufort para medir a intensidade do vento. Em sua honra o mar a norte do Alasca é chamado Mar de Beaufort, e uma ilha da Antárctica (Ilha Beaufort) leva seu nome.

Francis Beaufort era descendente de huguenotes que fugiram de França após o massacre de São Bartolomeu e se instalaram na Irlanda. O seu pai era reitor de Navan. Francis deixou a escola aos 14 anos e entrou na marinha britânica. Como consequência de ter naufragado aos 15 anos e quase ter morrido de inanição, naufrágio esse devido a uma carta marítima com erros, torna-se obcecado com a importância da formação e desenvolvimento de boa e precisa cartografia para navegantes.

Começando ao serviço da Companhia Britânica das Índias Orientais, Beaufort subiu na carreira para tenente, comandante e capitão na Marinha Real Britânica. Contrariamente à maioria dos outros oficiais, Beaufort no seu tempo livre fazia medições de profundidades e distâncias, complementadas com observações astronómicas para determinar longitude e latitude, e medindo as linhas de costa, completando mapas e cartas de navegação.

Em 1811–1812, Beaufort cartografou e explorou o sul da Anatólia, localizando muitas ruínas da era clássica. O seu trabalho foi interrompido (em Ayas, perto de Adana) por um ataque dos turcos à sua tripulação, no qual ficou ferido com gravidade por uma bala na anca. Voltando a Inglaterra, completou as cartas, publicando-as em 1817 na seu livro Karamania; ou uma breve descrição da costa sul da Ásia Menor, e das ruínas da Antiguidade.

Em 1829, aos 55 anos (idade de reforma para o seu tempo), Beaufort torna-se Hidrógrafo do Almirantado Britânico, cargo que ocupa por 25 anos, mais que qualquer antecessor ou sucessor. Beaufort converteu o que era um simples depósito de cartas na melhor instituição de topografia e produção de cartas do mundo. Algumas das suas cartas ainda se usam hoje, 200 anos depois dos levantamentos.

Os grandes observatórios astronómicos em Greenwich e no Cabo da Boa Esperança estiveram sob administração sua. Beaufort dirigiu algumas das maiores explorações marítimas do seu tempo. Durante oito anos, presidiu ao Conselho Árctico durante a busca do explorador perdido, Sir John Franklin, que pretendia encontrar a lendária Passagem do Noroeste.

Como membro do conselho da Royal Society, do Observatório de Greenwich e da Royal Geographic Society (que ajudou a fundar), Beaufort usou o seu cargo e prestígio como cientista para actuar como intermediário para a correspondência científica dos seus colegas. Representou geógrafos, astrónomos, oceanógrafos, geodesistas e meteorologistas conseguindo apoio para as suas pesquisas pelo Hydrographic Office. Por exemplo, aprovou a expedição de Robert FitzRoy às Ilhas Galápagos na qual o naturalista Charles Darwin participou.

Ultrapassando muitas objecções, Beaufort obteve o apoio governamental para uma viagem à Antárctica em 1839–1843 efectuada por James Clark Ross para a medição exaustiva do campo magnético terrestre, coordenada com medições similares na Europa e Ásia.

A sua extensa correspondência com mais de 200 publicações científicas continha partes escritas numa cifra pessoal, alterada da cifra de Vigenère por reversão do alfabeto da cifra (uma variante que recebeu o seu nome).

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