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Dendrocerotaceae

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaDendrocerotaceae
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Anthocerotophyta
Classe: Anthocerotopsida
Ordem: Dendrocerotales
Hässel emend. Duff et al.
Família: Dendrocerotaceae
(Milde) Hässel emend Duff et al.
Gêneros

Dendrocerotaceae é uma família de plantas não vasculares pertencente à divisão Anthocerotophyta[1] do filo de plantas Bryophyta. Seu nome vem do grego “δέντρο” (árvore) e “κέρατο” (chifre), significando então “chifre de árvore” devido ao hábito do gênero Dendroceros, que cresce em cima de troncos de árvores.

Os membros da família Dendrocerotaceae possuem corpo taloso, com o esporófito crescendo sobre o gametófito. O esporófito possui estômatos para realizar trocas gasosas com o ambiente e apresenta crescimento intercalar indefinido, podendo produzir esporos durante um longo período.

Entre Dendrocerotaceae, o gênero Dendroceros, que dá nome ao grupo, é exclusivamente epífita, vivendo predominantemente sobre trepadeiras lenhosas, lianas, cascas de árvores e galhos.

Os quatro gêneros de Dendrocerotaceae compartilham algumas características, como ter uma cápsula sem estômatos, elatérios com mais de uma célula (também chamados de pseudo-elatérios) helicoidais e um único anterídio por câmara anteridial.[2][3]

Relações filogenéticas e diversidade taxonômica

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Filogenia atual.[1]

Dendrocerotaceae
Phaeomegacerotoideae

Phaeomegaceros Villarreal & Renzaglia 2006 ex Duff et al. 2007

Dendrocerotoideae

Nothoceros (Schuster 1987) Hasegawa 1994

Megaceros Campbell 1907

Dendroceros Nees 1846

Existem cerca de 300 espécies de antóceros pelo mundo, divididas em 5 famílias:[3]

Dentro de Dendrocerotaceae, para os gêneros Megaceros, Nothoceros e Phaeomegaceros não há estudos o suficiente que permitam concluir que sejam linhagens monofiléticas. Porém, é consenso que Nothoceros são Dendrocerotaceae do velho mundo, e Megaceros são do novo mundo.

As seguintes espécies da família Dendrocerotaceae são encontradas no Brasil:

  • Dendroceros breutelii Nees[4]
  • Dendroceros crispatus Nees[4]
  • Dendroceros crispus Nees[4]
  • Dendroceros rigidus[4]
  • Nothoceros vincentianus[5]
  • Megaceros vicentianus[6]

Distribuição geográfica

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Dendrocerotaceae são briófitas, portanto é de se esperar que sua resistência a locais secos seja baixa. O gênero Dendroceros, por exemplo, é frequente no Neotrópico, ou seja, em regiões temperadas, subtemperadas e tropicais. Além desses locais, há ocorrência em regiões da África, China e nas ilhas do Pacífico.[4]

No Brasil, as Dendrocerotaceae são exclusivas de florestas úmidas, sendo predominantemente encontradas na Mata Atlântica, na região sudeste do país. Considerando o seu hábito de epifitismo, além da necessidade de locais com mais sombra, esse tipo de ambiente é ideal para várias espécies da família.

Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Dendrocerotaceae
  1. a b Duff, R. Joel; Villarreal, Juan Carlos; Cargill, D. Christine; Renzaglia, Karen S. (junho de 2007). «Progress and challenges toward developing a phylogeny and classification of the hornworts». The Bryologist (em inglês). 110 (2): 214–243. ISSN 0007-2745. doi:10.1639/0007-2745(2007)110[214:pactda]2.0.co;2 
  2. Hasegawa, J. 1994. New classification of Anthocerotae. Journal of the Hattori Botanical Laboratory 76: 21–34.
  3. a b AMÉLIO, Leandro de A. A taxonomic review of brazilian Dendroceros nees (Dendrocerotaceae). Dendroceros, [s. l.], 4 dez. 2020.
  4. a b c d e BOJACÁ, Gabriel Felipe Peñaloza. Dendroceros Nees (Dendrocerotaceae, Anthocerotophyta): revisão sub-genérica, tolerância à dessecação e interação com Nostoc sp. Dendrocerotaceae, [s. l.], 2021.
  5. VILLARREAL, Juan Carlos. Parallel Evolution of Endospory within Hornworts: Nothoceros renzagliensis (Dendrocerotaceae), sp. nov. Dendrocerotaceae, [s. l.], 2012.
  6. DOS SANTOS, Nivea Dias; DA COSTA, Denise Pinheiro. A importância de Reservas Particulares do Patrimônio Natural para a conservação da brioflora da Mata Atlântica: um estudo em El Nagual, Magé, RJ, Brasil. Reservas particulares, [s. l.], 2008.